Sim.
Ainda é relação, mas não uma relação a dois.
É uma relação imaginada, sustentada apenas por você, dentro de você.

Na psicanálise, chamamos isso de vínculo unilateral.

Você pensa no outro, deseja, espera, projeta, se prepara…
mas não há retorno, presença real, construção mútua.

E isso dói.
Dói porque manter algo sozinho exige esforço emocional constante.
E mais: muitas vezes esse esforço esconde uma ferida antiga — de abandono, rejeição, insuficiência.

Às vezes, insistir é a maneira que encontramos para dizer à criança interna:

🗣️ “Dessa vez, eu não vou perder.”

Mas quando a realidade insiste em mostrar que o outro não vem, não se faz presente, não constrói junto,
é inevitável que uma pergunta surja, clara como um espelho:

👉 Você está mesmo em uma relação, ou está apenas resistindo à dor de soltar o que nunca foi inteiro?

Escolher soltar não é o mesmo que desistir.
É, na verdade, deixar de carregar sozinho o que deveria ser partilhado.
É se escolher.
É honrar sua presença emocional.
É abrir espaço para o novo — inclusive para o novo dentro de você.

💭 Nem todo laço precisa continuar só porque um dia começou.
E às vezes, o maior ato de amor é deixar ir para se reencontrar.

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