
Na jornada emocional, chega o instante em que percebemos que insistir em vínculos vazios já não faz sentido. O processo de amadurecimento afetivo passa por reconhecer que o verdadeiro amor não pode ser sustentado apenas por esperas ou silêncios. Este texto é um convite a refletir sobre o poder de reconhecer o próprio valor e a coragem de escolher relações inteiras, sem perpetuar ausências.
Quando o amor não é mais ausência
Há um momento silencioso em que a mulher sente:
não é mais possível viver o amor quebrado.
Esse amor feito de esperas que nunca se cumprem,
de mensagens que não chegam,
de presenças que não se sustentam.
É ali, nessa fresta entre a dor e o despertar,
que nasce um novo feminino.
Não o feminino que se culpa, que insiste,
que acredita que amar é suportar calada.
Mas aquele que reconhece o próprio valor,
e escolhe não mais repetir o abandono ancestral.
Eu não abandono ninguém.
Mas escolho não permanecer onde há ausência.
Não é egoísmo, é maturidade.
É dizer: eu também mereço amor inteiro.
Essa escolha é profunda.
Não corta laços, mas os purifica.
Não fecha portas, mas abre caminhos.
Hoje, eu renasço.
E sigo.
Com amor por mim.
Com amor por quem eu fui.
E com amor por quem pode caminhar comigo,
não apenas me assistir de longe.
O texto revela o despertar de uma consciência amorosa e madura, que entende que amor saudável é presença e reciprocidade. Não se trata de cortar vínculos por orgulho, mas de honrar a si mesma, abrindo espaço para relações que realmente floresçam. Essa decisão não fecha portas: ela purifica caminhos e fortalece a jornada de quem deseja viver um amor verdadeiro, consigo e com o outro.
