Você consegue escolher com tranquilidade ou congela diante de cada decisão que precisa tomar?
Você costuma pedir opinião de outras pessoas antes de decidir algo importante?
Sabe por que isso acontece?
Ao pedir a opinião de alguém, dividimos — mesmo que inconscientemente — o peso da decisão.
Mas, embora isso possa ajudar em um primeiro momento, também pode nos afastar da nossa bússola interna.
Mesmo em momentos de conflito entre razão e emoção, certo e errado, melhor ou pior, é em você que estão os recursos para lidar com os caminhos escolhidos.
A opinião de outra pessoa, por mais próxima e confiável que seja, sempre vai dizer mais sobre ela do que sobre você.
Ela se baseará nas próprias histórias, medos, valores e habilidades.
Ela verá a situação a partir do próprio ângulo — e isso será compatível com a realidade dela, não com a sua.
Pode até parecer mais seguro seguir o conselho do outro, mas a verdade é:
ninguém poderá estar no seu lugar.
Se há conflito interno, é sinal de que há feridas, medos, dores não resolvidas.
Parte dessas informações você acessa de forma consciente.
A outra parte — inconsciente — você tenta buscar fora de si.
Mas o que fazer então?
Ouvir a si mesmo(a) é essencial.
A insegurança faz parte do processo.
Há medo, desconforto, e até uma certa inabilidade emocional em lidar com o que sentimos — afinal, uma escolha nunca é puramente racional.
Pergunte-se:
- O que eu temo nessa situação?
- O que estou tentando evitar vivenciar?
- Já vivi algo parecido antes? Como foi?
- Quais habilidades eu tinha naquela época?
Muitas vezes, a vida nos convida a reviver situações semelhantes justamente para despertar e fortalecer habilidades adormecidas.
O papel da terapia
A ajuda profissional de um terapeuta é extremamente valiosa nesses momentos.
Na terapia, você encontra um espaço neutro e acolhedor, onde pode sentir, refletir e se enxergar com mais clareza.
Ali, não é preciso performar.
Você não precisa ser “o melhor”.
Você apenas é — e isso já é suficiente.
A bagagem de experiências que você carrega, as habilidades desenvolvidas ao longo da vida, são maiores que seus medos.
Mas os medos chamam mais atenção — e por isso, ganham palco.
A mente é programada para detectar ameaças — é um instinto de sobrevivência.
Mas é possível treinar a mente para perceber os recursos internos com mais nitidez.
Entender os aspectos internos que estão presentes em cada decisão é um movimento de autoconhecimento e autonomia.
Se precisar de ajuda, é só me chamar.
Você não está só.