
Você já deve ter vivido algo assim:
relações onde a presença se esvazia, sem rupturas declaradas, sem explicações completas.
Seja em laços íntimos, amizades ou relacionamentos familiares, há momentos em que o outro simplesmente sai de cena.
Curiosamente, quase sempre há uma razão legítima:
trabalho excessivo, luto, dores emocionais, conflitos internos, cansaço profundo.
Mas quando a ausência se torna constante,
quando o afeto deixa de circular,
e você permanece ali, tentando manter a chama acesa sozinho(a),
é hora de se perguntar com honestidade:
👉 Essa ausência é uma pausa necessária ou uma desistência silenciosa disfarçada de justificativa?
Estar em uma relação onde apenas um segura as pontas
é como tentar construir uma ponte com metade dos tijolos: o esforço não basta, e o vazio do outro lado pesa.
Mesmo que o outro esteja enfrentando algo sério,
a responsabilidade pela manutenção do vínculo não pode ser totalmente transferida.
A ausência de quem se ama não pode custar tua exaustão emocional.
Sim, é natural que a vida nos tire de cena de tempos em tempos:
por doenças, perdas, mudanças profundas.
Mas até nesses momentos, é possível haver clareza, cuidado mútuo e presença emocional:
🗣️ “Não estou bem agora, mas quero voltar.”
🗣️ “Não posso te dar tudo, mas não quero desaparecer.”
Esse tipo de comunicação mantém o vínculo vivo, mesmo na ausência física.
Fantasiar que é possível manter uma relação nos moldes antigos sem a presença real do outro é perigoso:
alimenta ilusões afetivas
e coloca sobre você um peso que deveria ser compartilhado.
Relações precisam ser construídas a dois.
E quando apenas um está disposto,
o que era relação se transforma, aos poucos, em resistência solitária.
Se o outro precisa se ausentar, tudo bem.
Mas é necessário que haja um acordo emocional,
um retorno possível, um compromisso com a reconstrução.
Caso contrário, talvez seja hora de soltar,
de conversar com coragem,
ou simplesmente… de se escolher.
💭 E você?
Tem segurado pontas demais?
Tem justificado silêncios que já dizem tudo?
Tem sustentado sozinha(o) o que só existe porque você insiste?
Talvez o maior cuidado, agora, seja com você mesma(o).
